Expresso - 15/11/2019
Esta Junta de Freguesia tomou conhecimento de que, perante o pedido de informação do Tribunal Judicial do Porto sobre a existência ou não de estudos efetuados pelo Ministério do Ambiente ou pelos organismos do Estado acerca da existência de perigo para a saúde da população em virtude dos resíduos depositados em São Pedro da Cova, o Ministério do Ambiente respondeu apenas que após a remoção total dos resíduos o problema desaparece.
Ora, acontece que, o Ministério do Ambiente não efetuou nem mandou efetuar qualquer estudo ou análise quantitativa de risco toxicológico que sustente a informação que agora presta ao processo judicial. Pelo que, não se compreende como pode vir assumir tal posição, sendo a mesma - no entender desta Junta de Freguesia - inadmissível e não podendo ser aceite pela população de São Pedro da Cova.
O papel e a responsabilidade do Estado no sucedido em São Pedro da Cova reclamam uma conduta colaborante e mais preocupada dos organismos estaduais! Tanto mais quando, afirmando que o problema cessará com a remoção dos resíduos, parece o Ministério do Ambiente afirmar que o perigo para a saúde existe atualmente e sempre existiu durante todo o período de tempo em que os resíduos permaneceram depositados em São Pedro da Cova.
Por essa razão, a Junta de Freguesia e a população de São Pedro da Cova exigem que o Estado cumpra com as funções que lhe estão acometidas e apure terminantemente da eventual contaminação dos solos que estiveram em contacto com os resíduos perigosos bem como monitorize a qualidade das águas.