do heroísmo à FirmezaNo passado dia 18 de abril, pelas 15h00,  realizou-se online a iniciativa “Do Heroísmo à Firmeza”. Uma iniciativa que integra as comemorações do 46.º aniversário do 25 de Abril, inicialmente programada para ser realizada no Museu Mineiro de São Pedro da Cova.“Do Heroísmo à Firmeza” foi apresentada pelo arquiteto Mário Mesquita, após a visualização do documentário “Poeticamente Exausto, Verticalmente Só” que mostra Portugal nos finais dos anos 50 e início dos anos 60, através da história de José Bação Leal, um jovem e promissor poeta, falecido em Moçambique durante a guerra colonial, com apenas 23 anos.
A vontade, por parte da União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP), de criar um museu da resistência antifascista, deu origem, em 2015, ao “Do Heroísmo à Firmeza”, projeto instalado no atual Museu Militar do Porto, um palacete oitocentista que albergou a sede da PVDE/PIDE/DGS no Porto.
Este é um projeto que passa pela instalação de memórias “in situ”, bem como potencia o espaço, marcas da sua ocupação e quotidiano. Assim, em estreita colaboração com os militares, quem visita o Museu Militar do Porto é orientado pela história do próprio edifício e pelas ocupações anteriores, nomeadamente, pela ocupação da PVDE/PIDE/DGS. Contou ainda com a partilha de memórias, de quem esteve preso naquele edifício. Maria José, presa por 3 vezes, relatou-nos diversos momentos e alguns métodos de tortura e de interrogatório.
A iniciativa terminou ao som da “Grândola Vila Morena”.